segunda-feira, 19 de junho de 2023

Cultura e Assistência social, na busca por cidadania plena

 

Mestre Pipoca e sua família: cultura popular gerando inclusão social


Patricia Lyra*

Segundo a Constituição brasileira, a cultura compõe o leque de direitos humanos. Podemos dizer então que a Cultura é uma dimensão do social, tal qual o econômico e o político. Logo, todo acontecimento cultural é um acontecimento social.

Os trabalhadores da política de assistência social que tenham uma atitude investigativa apurada, podem descobrir potencialidades culturais e investir nelas as suas ações. Ainda, podem até requerer que mais ações culturais aconteçam tais como: folguedos, rodas, contos, serestas de violas, encenações ou hip-hop. Também podem potencializar formações para esse grupo social. Se faz extremamente importante que esses profissionais fortaleçam tais iniciativas, buscando estratégias para que ações culturais sejam fortalecidas, valorizadas e se tornem de fácil acesso às comunidades e grupos com quais atua em seus territórios de referência.

Sendo a intersetorialidade característica da política de Assistência Social, no que diz respeito à expectativa de maior capacidade de enfrentamento das inúmeras expressões da questão social, das demandas trazidas pela população usuária, seria um equívoco não se articular com a cultura local, no objetivo de construir objetos comuns de intervenção.

O Serviço social do CCPBF – Centro de Cultura Popular da Baixada Fluminense – ciente do poder transformador da cultura através da atuação dos agentes culturais, bem como do potencial artístico cultural que configura a Baixada Fluminense, com foco principal na sociedade mesquitense, entende o quanto essa parceria pode trazer mudanças incríveis na vida dos usuários. Sabendo valer-se da mediação entre ambas as políticas, para que essa troca se fortaleça e esteja cada vez mais presente em nossas ações, o trabalho profissional será “Um grande espetáculo”.

“Em um lugar onde não há atividades culturais, as violências viram espetáculo”.

Autor Desconhecido

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*Patricia Lyra é graduada em Serviço Social pela UFRJ, Assistente Social do CCPBF e especialista em Educação e Diversidade